(On Watch, Eilif Peterssen, 1889)
Começam primeiro a chegar os destroços
A madeira que fortalecia o casco
E adornava o olhar que pensava
Nos descobrimentos, as velas com o sal
Sem vento agora, depois virá
A saudade nas primeiras ondas
Porque o fundo do mar atrasa os desenlaces
E o luto, brota da água na praia onda após onda
Suavemente a flutuar, o amor do mar há-de
Lançar um corpo e outro corpo
Do fundo do oceano, vindos de um céu feroz
Ainda assim azul. Aqueles que amamos
Podem voltar, para guardarmos os silêncios.
31/01/2018
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