“sob
montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas”
e montanhas cinzentas”
António Ramos Rosa
Não sabia que se podia levar um dia inteiro
A morrer, com doze anos e com o medo
Do escuro e com tantos meninos à minha volta
Tantos nomes para recordar, não posso
Levá-los todos comigo, já não
Posso respirar por todos, não sabia que este pó
Pesava mais do que o pó de que sou feito
Já não posso esperar mais por essa pequena luz
Teimosa que me chama entre as fendas
Desta montanha cinzenta.
23/09/2017
©
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