(talvez dedicado a Manoel de Barros, 1916-2014)
Que
me perdoem os apanhadores
das
grandes frases, os filósofos
de
banhos de areia na grande praia
argelina
de Camus, que me perdoem
os
pregadores massivos de Facebook
Os
apanhadores de estrelas
nas
poças de água que a noite não consegue
perturbar,
prefiro estes a todos os outros
E
ainda fico extasiado com o chamamento
da
minha gata, sentada com os olhos
fixos
a olhar-me e a miar as suas próprias palavras
para
eu a seguir e vê-la comer – dou comigo
a
entender sua linguagem, e por mais
que
me digam o contrário, só o Homem
é
selvagem.
14-11-2014
©
Sem comentários:
Enviar um comentário