Tem
um par de olhos quase obscenos e um
sorriso
Enigmático,
onde tocam
Os
pássaros desocupam os ramos, despem
Os
nossos ouvidos de ressentimentos
Sobre
o dia que passa
Rasgam
a carne, tiram o coração do sério
Do
seu batimento
Absorvem
Todo
o ar à nossa respiração
Sob
a ausência do seu par de olhos e do sorriso
Quase
obscenos
Quando
se afastam morremos
Em
silêncio, sem memórias.
21-11-2014
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