“Adeus a todos...” (Ofélia, de Hamlet)
Já tens água de mais, ó
pobre Ofélia
as tuas lágrimastemo que no regato, à beira do salgueiro
os cristais dos teus olhos estejam baços
temo que no ribeiro as flores iludam
o leito profundo da morte, a água
enleando de sedas os teus pés
a tua boca
afogada no encalço da última palavra
senão já com amor, com o lodo
do silêncio.
© 18/11/2012
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