A bem dizer, visitar a Casa de Hemingway em Key West, é visitar móveis espanhóis do Séc.XVII, mármores de Murano, a máquina de escrever, da qual -dizem- saiu cerca de 70% da obra do escritor, livros, fotografias, autógrafos do criador de "O Velho e o Mar", espaços que contêm memórias e, sobretudo, os gatos.
Os gatos do Escritor, melhor, a descendência ininterrupta dos gatos do Escritor. Dezenas, com vida própria e cemitério, e tudo.
Gatos com nomes: "Spencer Tracy", "Catherine Hepburn", gatos -actores que sabem estar sob a admiração dos olhares dos visitantes, gatos sobre as camas e os sofás, desinteressados de quem os olha, gatos com poses.
Como este gato do "post-card", que bebe a quase cristalina água de mármore que escorre em mil fios, desde sempre.
Há uma presença, a do Escritor, nesta Casa, há... mas é o nosso imaginário que a vai reconstruindo. O eco do tiro de caçadeira fica muito longe, em Idaho, aqui é a Florida, a derradeira ilha com vista para Cuba.
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