Paris nessa noite tinha a luz
distribuída pelas gotas da chuva.
Sartre e Beauvoir não estavam lá.
No Café de Flore, três ou quatro
colheres de açúcar afogavam
o amargo do café. Beberam-no
primeiro os meus olhos
como um ritual, os lábios
depois, na minha língua
mais tarde escreveria
um poema previsível.
Outras vezes, Paris era um bocado
de ar azulado.
2 comentários:
Para além da beleza do poema ele trouxe-me uma grande saudade de tempos que passei em Paris no Flore e Deux Magots.
AMIGO,
A SENSUALIDADE DISCRETA DAS LETRAS VIVIFICAM AS FIGURAS
EM ALMAS VIVAS.
AS SAUDADES CHAMAM, NÓS OBEDECEMOS...
OBRIGADA
JINHOS
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