quinta-feira, agosto 16, 2007

Paris, Janeiro 1994



Paris nessa noite tinha a luz
distribuída pelas gotas da chuva.

Sartre e Beauvoir não estavam lá.

No Café de Flore, três ou quatro
colheres de açúcar afogavam
o amargo do café. Beberam-no
primeiro os meus olhos
como um ritual, os lábios
depois, na minha língua
mais tarde escreveria
um poema previsível.

Outras vezes, Paris era um bocado
de ar azulado.

2 comentários:

hfm disse...

Para além da beleza do poema ele trouxe-me uma grande saudade de tempos que passei em Paris no Flore e Deux Magots.

Unknown disse...

AMIGO,
A SENSUALIDADE DISCRETA DAS LETRAS VIVIFICAM AS FIGURAS
EM ALMAS VIVAS.

AS SAUDADES CHAMAM, NÓS OBEDECEMOS...

OBRIGADA
JINHOS