O trolha ao regressar a casa leva as paredes
Da casa que está a erguer, nos olhos
Restos de cimento que secam as lágrimas
Regressa a casa numa rua que um rio refresca
Um quarto e um fogão de lume brando
Uma cama onde recolhe as mãos gastas
Com as linhas da vida gastas das arestas
Dos tijolos. Entre o colo da mulher
Um filho nos seus olhos, o trolha come
A parca sopa do descanso, o pão
Misturado no sangue do seu vinho.
22/05/2018
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